Os Caminhos...

O PREÇO DA POESIA É A ETERNA LIBERDADE...(Mário Quintana)



A vida é feita de escolhas e oportunidades, que apresentam-se para nós em forma de caminhos, preste atenção sempre pra não fazer a escolha errada, se mesmo assim fizer, aproveite a oportunidade para retomar o caminho certo...Igor Gambin

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fuso Horário

O fuso horário é muito estranho
Quero melhor o tempo entender
Uma hora que perco outra que ganho
O tempo que quero ganhar esta difícil de vencer

O fuso horário me deixa cansado
Estes ponteiros não param de girar
Certos segundos fico tonto...desorientado
Mantendo o pensamento na noite que não saiu do lugar

O fuso horário que preocupa
Nossa diferença de treze horas
Na verdade ninguém tem culpa
De nos conhecer no momento de ir embora

O fuso horário...o horário confuso
Treze horas...treze anos...
Em nenhuma situação eu abuso
No final voce mudou os planos...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Assim Mesmo

Se voce acha que tenho humor mal
Minhas músicas não te fazem sorrir
Saiba que não preservo o espírito de natal
E as placas de proibido procuro seguir

As minhas tatuagens não são do seu agrado
E os meus cabelos te deixam embaraçada
Largue o idiota do teu namorado
Troque de sexo arrume uma namorada

As minhas conversas pra voce não dizem nada
Suas frases são sempre repetidas
Procure no seu ínfimo interior ficar calada
Até conseguir encontrar a verdadeira saída

Sou assim porque o destino quis
O que tinha pra mudar já mudei
Faça voce primeiro feliz
Depois me julgues e diga o que já sei...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cor

O poeta veste preto
Suas calças com zíper de metal
Preto veste o poeta
Tentando disfarçar o mal

O poeta veste preto
Mas do luto tem medo
Preto veste o poeta
Quando acorda cedo

O poeta veste preto
Touro lunático
Preto veste o poeta
Pra disfarçar que esta apático

O poeta veste preto
Sua cor preferida
Preto veste o poeta
No momento da despedida

O poeta veste preto
Certas ocasiões branco
Preto veste o poeta
Quando lhe convém ser franco...


Quanto Vale a Vida II

Quanto vale a vida
No vai e vem apresado do dia a dia
Pessoas educadas
Outras com certas ironias

Quanto vale a vida
Na África esquecida
Na copa a cada gol
Crianças que não podem ver o show

Quanto vale a vida
No momento da anestesia
Acordar novamente
Sem sentir a dor que sentia

Quanto vale a vida
Uma bala perdida
Um inocente no chão
O mundo na contra mão

Quanto vale a vida
De quem se alucina
Tantas drogas e entorpecentes
No fundo um coração doente

Quanto vale a vida
De quem patrocina
A fé, a esperança e seus anseios
De ter retorno no que lhe foi alheio

Quanto vale vida
Até quando a vida vale
Neste mundo injusto
De diferentes realidades...

domingo, 7 de novembro de 2010

Pensamentos da Noite

Vago nas escadas sujas e desertas
Do prédio onde moro
Alguém sabe a resposta certa
Se não eu imploro

Presentes e provas as vezes esbarro
Ja é tarde, me distraio
Estrelas, morcegos talvez um cigarro
Nesta noite de lua não vai ter raio

O vôo dos mamíferos observo
Procuro formas nos pontos brilhantes
Minhas energias preservo
Pra poder lapidar os diamantes

Chega de distração em meio ao mausoléu
Vou pro meu quarto fazer uma prece
Poucos jurados pra tanto réu
Sigo em paz quando o dia amanhece...

Tinta Fresca

Tinta fresca são certos humanos
Muito brilho e cheiro forte
Quando o vento sopra vem o engano
Destes seres que sorriem seus cortes

Tinta fresca no muro
No novo carro que desfila
Pessoas de coração duro
Que sentem prazer em cortar a fila

Tinta fresca no banco
Com uma placa de aviso
Imortais que se dizem franco
Só ganho mesmo no improviso

Tinta fresca dentro da vazia alma
Próprios ilustres pintaram seus caminhos
Agora gritam: - Socorro, alguém me salva
Eles estão fora do seu real ninho

Tinta fresca são humanos incertos
A substância seca e fica desbotada
Pensam que não presiçam de ninguém por perto
Assustam-se quando caem na calçada...

Passarinha

Passarinha que voa livre
Brinca com seus rasantes
A alma minha que esta em crise
Não quero mais tomar calmantes

Leve e colorida, desafia a gravidade
Encantando-me com seu balé
Do ninho deixou a saudade
Na noite que segui a pé

Passarinha que esta em extinção
Mesmo que seja eloqüente
Bate as asas...bate o coração...
Em algum lugar ausente

Tem um vôo suave e singelo
Lindo pássaro solístico
Meu coração ficou em flagelo
Quando seu canto foi místico...