Cansei de poesia sincera
Sem o opaco do outono
Manchem as cores da primavera
Para quem ler perder o sono
Quero escrever o lixo
Onde catam sua migalha
Triste tortura o olhar fixo
Refletido na lâmina da navalha
Quero ser um vidro cortante
Em mãos surradas e sangrentas
No desafio de todo instante
Comer o pão que não alimenta
Quero que foda-se o sistema
Que vive nos passando a perna
Pra que tanto poema
Se no final voltaremos á caverna...
Julho de 2011.
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