Os Caminhos...

O PREÇO DA POESIA É A ETERNA LIBERDADE...(Mário Quintana)



A vida é feita de escolhas e oportunidades, que apresentam-se para nós em forma de caminhos, preste atenção sempre pra não fazer a escolha errada, se mesmo assim fizer, aproveite a oportunidade para retomar o caminho certo...Igor Gambin

sábado, 25 de junho de 2011

Atelier

Benfeitores, outros mais e cargas negativas
Manhãs de terapia no atelier
Caso não tomem uma iniciativa
Este coração vai parar de bater

Tudo muito moderno
Umas quantas mentiras
Produção de calor mesmo no inverno
Cortem mais algumas tiras

Quando começar a santa ceia
Acredito que vinho ira faltar
Puro sangue corre na veia
Um pouco de benzina para amenizar

Porque a máquina estragou
Será que a temperatura foi além
Agora que aqui estou
Só me resta dizer amém...



Caminhos Sem Fim

Sonhos de ontem que tomam forma
Aonde vai esta imprevista estrada
E depois da última curva
Quanto vai custar o próximo pedágio
Quando saberei que é a última gota

Será que tudo isto tem um por que
Quem sabe um propósito ao menos
Sigo uma lógica de vida racional
Ou esta notória desvencilhada de tudo
Aderente as paredes de um céu azul

Sonhos bons, sonhos ruins
Malditos são os sonhos
No final este suor frio
E os mesmos personagens indesejáveis
Que brincam no meu quintal

Vou manter a abstinência
Minhas estratégias têm dado resultado
A leitura me alimenta junto com a água
Posso seguir destemido assim
Tentando encontrar os caminhos sem fim...





quinta-feira, 23 de junho de 2011

Meu Verso

Meu verso tem gosto de cachaça
Destas nobres ou bem vagabunda
Minha palavra não disfarça
A mais cinza das feiras que é a segunda

Meu verso tem gosto de bebida destilada
Anos envelhecida dentro de um barril
Alguns goles na madrugada
Vão-se embora a tristeza e o frio

Meu verso tem gosto de conhaque
Tipo do que servem no bar da esquina
A língua alcoolizada muda o sotaque
Dizendo que bêbado não se descrimina

Meu verso tem gosto de tequila
Daquela mexicana tradicional
No banheiro cortei a fila
Quando desprezei o baixo astral...

Meu verso tem gosto de esterco
E de tudo mais que foi ingerido
Quem sabe embriagado não me perco
Logo no próximo copo seja desmentido...



Avesso do Avesso

A vida não esta legal
Perguntas sem respostas
Continuo a passar mal
Neste dia que nada mostra

O anjo triste apareceu de novo
Na verdade ele só estava adormecido
Cruzou ávido no meio do povo
Mostrando o passado esquecido

A vida é mesmo um disco arranhado
Sem perceber a música repete
Pensamento preocupado
Frustração onde não se inverte

Minha companheira febre
Alojou-se na minha abstinência
Não sei mais o que é estar alegre
Delirando dou os votos a indecência

Coração anda fraco
Batendo com ajuda de aparelhos
Olhar ficou opaco
Quando acabaram os conselhos

Qual a lógica de isto tudo?
Vitórias...o preço do novo começo
Um pedaço de mim esta mudo
O outro...do avesso continua do avesso...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Três Vezes Você

Toda nua, leve e pura
Vem você de noite assombrar
Onde vou com tal loucura
Se a pressa do tempo não deixa frear

Toda nua, muito mais do que sua
É teu corpo branco inocente
Querendo não mais ser crua
Com a temperatura muito exigente

Toda leve, muito mais do que breve
São estas tuas incontáveis sardas
Pintadas, decoram a neve
Onde quer que este sorriso arda

Toda pura, muito mais do que procura
É você quem mancha a existência
Um deleito da plena ternura
Pedindo um pouco mais de paciência...


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Almejo

Mais que um amigo
De todas as horas e intimidades
Mais que um ser responsivo
O homem das tuas saudades

És da minha vida a amarga tentação
Da música a essência da melodia
És quem me encoraja na hora da indecisão
Refletindo tudo em poesia

És um poema que ficou esquecido
O sonho mais misterioso que se pode sonhar
És a flecha, o arco o próprio cupido
Meus navios viajantes em pleno mar

Se eu tivesse o dom da poesia
Para voce eu descrever
Este nome o teu seria
Expondo para todo mundo ler

E publicaria em jardim de rosa
Como faz o escritor
Não sei se é verso ou prosa
Sei bem que é um grande amor...

domingo, 12 de junho de 2011

Coração Sentimento

Não importa onde ela esta
Esta sempre na minha frente
Não importa onde ela vive
Vive sempre meu dia presente

Não interessa o que ela pensa
Pensa de sua forma a realidade
Não interessa o que ela sonha
Sonhos de uma outra mocidade

Importa é seu coração
Livre, querendo passagem
Aventureiro, procurando direção
Sem saber o destino da viagem

Interessa é seu sentimento
Puro, fictício ou real
Um pouco de atrevimento
Nesta diferença não vai fazer mal...






sexta-feira, 10 de junho de 2011

Distraída

Roubo a tua bolsa
Como você roubou meu coração
Ontem uma bonita moça
Hoje perdida na multidão

Seus passos querendo ser firme
Junto com olhar distraído
Perfeito jamais foi o crime
Na noite em que saiu com inimigo

Espero logo acenderem as luzes
E a música baixar o volume
Rosas, livros e algumas cruzes
Coloque tudo no lixo inclusive o ciúme

Aonde vai não interessa
Quando pude não quis saber
Agora esta acabada festa
Pra mim já não tem nenhum prazer...


terça-feira, 7 de junho de 2011

Uísque

Só quero uma garrafa de uísque
Algumas anedotas para disfarçar a tristeza
Uma mulher que da sua lista não me risque
E mostre se realmente a vida tem alguma beleza...




Suave Noite

És tu jovem quem me alimenta
Na ponta do salto em traje de gala
Do meu lado muito educada senta
Diz boa noite e nada mais fala

Começo uma simples conversa
Atrevido toco em sua suave mão
Rápida se mostrou dispersa
Falando que o frio faz parte da estação

Dos assuntos deixou-me a mercê
Contando os seus planos futuro
Fácil o nervosismo perceber
Salientando não ter medo do escuro

Nova, muito nova, idade de menina
Charme de mulher com marcante perfume
Estes teus lindos olhos me fascina
Meu desejo por tua boca se resume

Será que isto tudo faz sentido
Será que ela gosta de alguém
Quero voltar a ser um menino
Assim possa gostar de mim também

Agora do sonho acordei
E a vida segue seu normal
Será que faz sentido o que falei
No momento de dar tchau...