Meu verso tem gosto de cachaça
Destas nobres ou bem vagabunda
Minha palavra não disfarça
A mais cinza das feiras que é a segunda
Meu verso tem gosto de bebida destilada
Anos envelhecida dentro de um barril
Alguns goles na madrugada
Vão-se embora a tristeza e o frio
Meu verso tem gosto de conhaque
Tipo do que servem no bar da esquina
A língua alcoolizada muda o sotaque
Dizendo que bêbado não se descrimina
Meu verso tem gosto de tequila
Daquela mexicana tradicional
No banheiro cortei a fila
Quando desprezei o baixo astral...
Meu verso tem gosto de esterco
E de tudo mais que foi ingerido
Quem sabe embriagado não me perco
Logo no próximo copo seja desmentido...
Junho de 2011.
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